Amores sáficos
Pra início de conversa: uma reflexão sobre a História.
Há certo pensamento de que as referências históricas à homossexualidade legitimizam de alguma forma a defesa dos direitos gays. Ao procurar antecedentes em diversos tempos incluindo sobretudo nomes ilustres busca-se encontrar uma normalidade nas diversas formas de relação e uma naturalização das práticas sexuais. Este pensamento entretanto tem um duplo viéis. Primeiro nos instiga a refazer uma questão que o historiador Marc Bloch fez e que veio através de uma pergunta de uma criança: “Pai, para que serve a história?” Por outro lado, nos faz refletir também sobre a necessidade de construir um discurso que justifique a homossexualidade dentro de uma sociedade que privilegia o modelo heterossexual e o domínio masculino sobre o prazer. Um discurso que precisa se solidificar com exemplos dentro das próprias relações de poder para se tornar aceito e reconhecido.
Bem, dito isto, e para que serve a história?
Não há nada de errado em utilizá-la para construção de identidades. Foi e é esse um papel essencial desta: construir uma identidade de um grupo a partir de um passado, uma ascendência, hábitos e costumes comuns. Também para servir de exemplo, sendo este um objetivo dúbio. Vemos admiradores de ditadores assassinos se proliferarem e saber sobre enormes guerras e atrocidades do passado parece não ter dado frutos... Entretanto, como diz também o grande mestre Boch, a história também serve apenas para divertir, para sanar nossa infindável curiosidade; seduz a nossa imaginação. E nos alimenta, nos faz imaginar como viveram tantas pessoas em outros tempos em outras realidades e assim refletir sobre a nossa vida, o nosso mundo. Afinal nossa efêmera vida é um mistério.
E sobre os discursos sobre a questão gay?
Bem, dito isto, e para que serve a história?
Não há nada de errado em utilizá-la para construção de identidades. Foi e é esse um papel essencial desta: construir uma identidade de um grupo a partir de um passado, uma ascendência, hábitos e costumes comuns. Também para servir de exemplo, sendo este um objetivo dúbio. Vemos admiradores de ditadores assassinos se proliferarem e saber sobre enormes guerras e atrocidades do passado parece não ter dado frutos... Entretanto, como diz também o grande mestre Boch, a história também serve apenas para divertir, para sanar nossa infindável curiosidade; seduz a nossa imaginação. E nos alimenta, nos faz imaginar como viveram tantas pessoas em outros tempos em outras realidades e assim refletir sobre a nossa vida, o nosso mundo. Afinal nossa efêmera vida é um mistério.
E sobre os discursos sobre a questão gay?
No Brasil ainda engatinhamos. Então sentemos nos ombros dos gigantes! Mais alto enxergaremos mais longe. Ou não. Façamos nossa própria história!
Referência bibliográfica: Bloch, Marc. Introdução à História. Publicações Europa-América. Col. Saber.