No mesmo jornal, neste mesmo domingo, dia 1° de agosto, havia uma entrevista com o estranho John Waters. Cineasta, escritor e diferente de tudo por natureza, no Segundo Caderno se destacou uma frase sua:
"Hoje todo gay quer casar.Quando eu era jovem, ser gay significava comemorar a liberdade de não ter filhos,
Hoje levanto a bandeira do casamento gay porque desejo o respeito às escolhas, como levantou Martha Medeiros( o respeito às escolhas, seja dito!). Entendo também que se queira os direitos civis e a opção da adoção como casal. Mas também continuo não querendo viver padrões e este continua sendo o meu guia. Gostaria sim que a ênfase da discussão fosse mais o direito e menos a instituição casamento que venhamos e convenhamos no modelo tradicional já ruiu há tempos...Parabéns à luta pelo divórcio, que garantiu às mulheres principalmente o direito à emancipação do seu tutor-marido. Parabéns a tantas mulheres que ao se divorciarem saíram deste padrão casamento indissolúvel e foram viver suas vidas de forma independente, criando seus filhos e construindo relacionamentos mais reais baseados no amor. Parabéns ao amor que hoje não precisa se casar para demostrar que existe. Parabéns às idéias de casamento que significam companheirismo, verdade, prazer, muito prazer em estar junto. Seja em casa diferente, seja em casa compartilhada, seja com ou sem filhos, seja de duas mulheres, de dois homens ou de sexos opostos. E Evoé aos relacionamentos que mantém a verve do interesse de um pelo outro.
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